A polidactilia ou polidatilia é uma malformação, causada por uma alteração quantitativa anormal dos dedos das mãos (quirodáctilos) ou dos pés (pododáctilos). Ou seja, o bebê afetado nasce com mais de cinco dedos em cada mão ou pé.
Estudos apontam que a polidactilia é mais comum em crianças do sexo feminino e também em raça negra.
Quais são os tipos de polidactilia?
Há três tipos:
Polidactilia pós-axial: Esse tipo se manifesta no lado mais próximo do osso unha. E no pé, ocorre mais próximo do osso denominado como perôneo. Ou seja, quando se localiza ao lado do dedo mínimo.
Polidactilia pré-axial: acomete o lado radial da mão (lado do osso do braço chamado rádio) ou o lado tibial do pé (lado do osso da perna chamado tíbia-medial). Ou seja, quando se localiza ao lado do polegar.
Polidactilia central: Localiza-se entre os dedos indicador, anular e médio. Sendo muito raro.
É possível identificar essa alteração na gestação?
Sim. Essa condição pode ser diagnosticada já durante a gravidez, por meio de uma ultrassonografia do feto.
O que causa?
A causa ainda não é totalmente conhecida, mas pode estar associada ao fator genético, isto é, a criança herdou dos pais. A polidactilia pode acontecer devido a uma mutação genética causada por um alelo autossômico dominante. As chances de herança familiar são de 50%, quando um dos pais tem o problema, ou de 100% caso ambos os pais tenham.
O diagnóstico quase sempre é realizado na maternidade, e o profissional orientará os pais a procurar o ortopedista pediátrico para tratamento.
E o tratamento?
O tratamento cirúrgico é frequentemente aconselhado, para evitar a limitação funcional e melhorar a estética e deformidades associadas.
A idade certa para realização do procedimento cirúrgico depende exclusivamente do tipo e da localização do dedo. Para alguns casos, a cirurgia não é simplesmente cortar o dedo extra, requer necessidade de reconstrução articular e reconstrução dos músculos e ligamentos para evitar desvios do dedo no futuro.
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Fonte:
PASCOAL, Diogo; et al. Polidactilia das mãos e pés – Caso clínico raro. Disponível em: http://www.scielo.mec.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1646-21222018000300007. Acesso em 05/04/2019.