O fórceps é um instrumentos empregado na obstetrícia para auxílio no nascimento do feto durante o parto. O instrumento não é muito bem visto por muitos profissionais que defendem o parto humanizado, pois pode causar lesões da mãe e no bebê.
Mas é importante saber que, quando bem utilizado, assim como qualquer outra ferramenta médica, pode salvar vidas.
Quando é usado?
Em casos que há sofrimento fetal e/ou risco de morte para a gestante. Mas, para usá-lo também é preciso que a gestante já esteja no período expulsivo do trabalho de parto, ou seja, durante a contração uterina, simultaneamente aos esforços de expulsão pela mãe.
O instrumento exige indicação obstétrica precisa e conhecimento sobre o mesmo, portanto o profissional deve ter experiência individual em parto instrumentado.
As três maiores indicações obstétricas para uso do fórceps, são:
(1) prolongamento do segundo estágio do parto;
(2) condição fetal não tranquilizadora;
(3) doença neurológica ou cardiológica da mãe.
As indicações fetais incluem o prolapso de cordão umbilical, o sofrimento fetal agudo e a cabeça derradeira insinuada no parto pélvico.
Para ser usado o fórceps, são necessários alguns outros pré-requisitos no trabalho de parto:
- Anestesia local na gestante;
- Grávida com a bexiga vazia;
- Dilatação completa;
- Bolsa estourada;
- Bebê com a cabeça posicionada corretamente;
- Proporção aceitável entre a cabeça do bebê e a pelve da mãe;
- Cabeça do bebê “coroando”, como já dissemos;
- Episiotomia na gestante.
Antes da escolha do parto fórcipe deve-se comunicar a mãe, e esclarecer à mulher o que será feito, tranquilizando-a em relação ao procedimento e reafirmar a necessidade para o bem estar dela e do bebê.
Após o parto, efetua-se a revisão criteriosa do canal de parto, em busca de lacerações. Em seguida realiza-se a sutura das lacerações (episiorrafia). Realizar toque retal ao final dos procedimentos, com o intuito de confirmar a integridade das estruturas, a ausência de transfixação do reto com pontos de sutura e após ter atenção redobrada devido ao risco de hemorragias.
Fonte:
Ministério da Saúde. Biblioteca virtual em saúde do Ministério da Saúde. http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/cd04_11.pdf
Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio Grande do Sul. Disponivel em: http://www.portalmedico.org.br/pareceres/crmrs/pareceres/2009/11_2009.pdf.




