A icterícia Neonatal também é conhecida popularmente como “amarelão”. Acontece devido a concentração elevada de bilirrubina no sangue. A sua alteração consiste na cor amarelada da pele e da esclera (parte branca dos olhos).
É uma das alterações mais vistas em bebês com idade entre 48 e 120 horas de vida. Na grande maioria das vezes é um quadro totalmente normal, pois o organismo do bebê ainda não é maduro o suficiente, especialmente o fígado que precisa eliminar algumas substâncias do metabolismo da criança.
Atualmente, é uma das principais causas de internação do recém-nascido, após a sua alta da unidade neonatal. Devido ao risco de desenvolvimento de hiperbilirrubinemia grave.
E os sintomas?
O bebê fica com pele e a esclera (parte branco dos olhos) mais amarelada, geralmente se inicia pelo rosto e vai se espalhando pelo corpo.
Os casos mais comuns desse problema são:
- Prematuridade – Os níveis de bilirrubina ficam mais elevados e a sua eliminação é mais lenta.
- Icterícia do leite – Acontece em cerca de 2%, aparece entre 4 á 7 dias de vida. Geralmente é causada por substâncias que reduz excreção da bilirrubina. Nesses casos deve ser acompanhamento pelo médico e tende a melhorar 3 a 10 semanas.
- Incompatibilidade sanguínea (Rh ou ABO) – Nesses casos faz a icterícia iniciar no primeiro dia de vida e causa a forma mais severa do problema. Podendo ser prevenido com uma vacina de imunoglobulina anti-Rh (RhoGAM) à mãe dentro das primeiras 72 horas após o parto ( Essa vacina impede a formação de anticorpos que poderiam colocar em risco os próximos bebês).
O bebê deve ser avaliado diariamente, até a normalização dos níveis de bilirrubina. A fototerapia é o tratamento mais indicado, mas só se a icterícia não regredir espontaneamente. Popularmente conhecida como banho de luz, a técnica expõe a criança à luminosidade emitida por lâmpadas específicas, que atinge diretamente a estrutura do pigmento, que tem o poder de diluir e eliminar.
Importante: se o seu bebê se apresenta mais amarelado, não ache que é normal. Verifique se está sumindo ou não e busque atendimento médico para acompanhar essa alteração.
FONTE:
Ministério da Saúde. Atenção à Saúde do Recém-Nascido: Guia para os Profissionais de Saúde Brasília – DF, 2011. INTERVENÇÕES COMUNS, ICTERÍCIA E INFECÇÕES. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/atencao_recem_nascido_%20guia_profissionais_saude_v2.pdf. Acesso em: 07/03/2019.