quarta-feira, janeiro 22, 2025
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Gravidez na adolescência

De acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente, Art. 2º Considera-se adolescente a pessoa entre doze e dezoito anos de idade.

A adolescência é marcada por ser uma fase de transição da infância para fase adulta. É nessa fase que surge as necessidades e sensações corporais, os desejos desconhecidos e a busca de relacionamento interpessoal. Essas necessidades são causadas pelas alterações hormonais, mudanças psicológicas e relações sociais.

A maneira como as adolescentes vão lidar com sua sexualidade depende de vários fatores, que incluem características individuais, valores, normas e crenças da família e da sociedade onde estão inseridos.

A gravidez na adolescência traz diversas consequências, seja na saúde, família e convívio social. Atualmente é considerado um dos grandes problemas de saúde pública. Um dos motivos é porque as adolescentes estão apresentando cada vez mais cedo a primeira menstruação, instalando-se, a capacidade reprodutiva.

Além disso, provoca a aceleração da fase infantil para adulta, não permitindo que os adolescentes vivenciem a fase de maneira plena. Em muitos casos provoca a diminuição do tempo dedicado aos estudos, e consequentemente dificultando a inserção futura no mercado de trabalho, além de impedir o desenvolvimento do projeto de vida que antes haviam planejado.

Vale ressaltar que o sistema único de saúde (SUS) garante a todas adolescentes gestantes o atendimento de pré-natal, que inclui atendimento médico, psicológico, social e odontológico com atividades em grupos de gestantes, o direito a acompanhantes nas consultas  e exames, durante o parto e pós-parto.

E é importante o início do pré-natal da adolescente o mais cedo possível, pois estudos apontam para maior incidência de anemia materna, doença hipertensiva específica da gravidez, infecção urinária, prematuridade, placenta prévia, baixo peso ao nascer, sofrimento fetal agudo intra-parto, complicações no parto (lesões no canal de parto e hemorragias) e no puerpério (endometrite, infecções, deiscência de incisões, dificuldade para amamentar, entre outros).

A participação das ações educativas promovidas pelas unidades de saúde, pode proporcionar melhor enfrentamento da nova realidade, e também a prevenção por meio dos métodos contraceptivos, para evitar gestações sucessivas.

 

Referências:  

Manual Técnico do Pré-natal e Puerpério: Atenção a Gestante e a Puérpera no SUS-SP. Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, 2010.

YAZLLE, Marta Edna Holanda Diógenes. Gravidez na adolescência. Rev. Bras. Ginecol. Obstet. vol.28 no. 8, Rio de Janeiro, 2006.

 

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