A mola hidatiforme é uma das doenças do grupo placentário caracterizada pelo crescimento de tecido anormal, podendo evoluir para uma forma maligna chamada de neoplasia trofoblástica gestacional.
Pode ser dividida entre mola hidatiforme completa e parcial.
Fatores de risco
Os dois principais fatores de risco são principalmente, a idade materna superior a 35 anos e a história prévia de doença trofoblástica gestacional.
Manifestações clínicas
A suspeita da gravidez molar tem início quando há sangramento transvaginal em gestação inicial, o que pode dar indícios de ameaça ou aborto consumado, relacionados à presença do beta-hCG elevado no sangue materno.
- Útero aumentado de volume para a idade gestacional
- Cistos tecaluteínicos
- Náuseas e vômitos ( Hiperêmese gravídica)
- Hipertireoidismo (elevação do hormônio da tireoide)
- Sinais de pré-eclâmpsia antes da 20ª semana de gestação (aumento da pressão arterial)
- Eliminação de vesículas hidrópicas pela vagina, de entremeio com o sangue (coágulos de sangue).
Diagnóstico
A confirmação da doença se dá quando é realizado exame ultrassonográfico, e de forma definitiva com o estudo anatomopatológico de material abortado.
A Gestação normal, ou seja, com feto sem alterações e vivo, porém, com Doença Trofobástica Gestacional concomitante é uma situação especial e ainda mais rara ocorrendo cerca de 1 / 20.000 –100.000 gestações.
Principais complicações maternas e fetais:
- Síndrome de hiperestimulação ovariana
- Síndrome de angústia respiratória aguda
- Embolização trofoblástica
- Edema agudo de pulmão e tromboembolismo pulmonar
- Óbito fetal
- Aborto espontâneo
- Prematuridade
Tratamento
Infelizmente a mola hidatiforme é uma condição que torna a gestação inviável. Após o diagnóstico da mola hidatiforme a gestante é encaminhada para realização do procedimento de esvaziamento uterino através da técnica de aspiração intrauterina.
É importante realizar o acompanhamento ginecológico pós-procedimento. Na maioria dos casos ocorre diminuição progressiva dos valores do beta-hCG e nenhum tratamento adicional é necessário.
Fonte
BRAGA, A; SUN, SY; MAESTÁ, I; UBERTI, E. Doença trofoblástica Gestacional. REVISTA FEMINA 2019; 47(1): 6-17.
CardosoJ. L. R., PaolinoB. M., PinheiroC. C., NascimentoL. B., RosalesJ. J. B., GuimarãesR. L. S., & LuzeiroG. C. Principais condutas acerca da gestação normal com doença trofoblástica: uma revisão integrativa de literatura. Revista Eletrônica Acervo Saúde, 12(3), 2020.
MINISTÉRIO DA SAÚDE. Gestação de Alto Risco, Manual Técnico. 5ª edição Série A. Normas e Manuais Técnicos. Brasília, 2012.