A fimose ocorre quando não é possível retrair o prepúcio (camada de pele que recobre e protege a cabeça do pênis) e expor completamente a glande.
A formação do prepúcio começa logo nas primeiras semanas de desenvolvimento do bebê, e mesmo nos primeiros anos de vida do homem, o prepúcio encontra-se preso à glande, o que é normal (fimose fisiológica). Aos 6 meses espera-se que 20% deles possam ter seu prepúcio totalmente retraído, 50% aos 12 meses e 90% aos 3 anos.
A fimose pode aparecer de duas formas:
Desde o nascimento: uma fimose que não desapareceu nos primeiros anos de vida e que não pode, portanto, ser considerada fisiológica.
Fimose adquirida: surge em adultos que não tinham fimose quando criança, mas que devido a infecções ou traumas no pênis formam-se cicatrizes que causam aderência do prepúcio, impedindo sua retração.
Cuidado! A fimose também pode ser provocada quando os pais tentam forçar a retração do prepúcio, causando lesões e formando cicatrizes que perpetuaram a fimose.
Os sintomas incluem dor ao urinar, sangramento e, ocasionalmente, retenção urinária, enurese (micção involuntária) e infecções como bálanopostites (inflamação da mucosa que reveste a glande).
Casos severos de fimose podem causar doenças do trato urinário, como infecções urinárias e bálanopostites de repetição.
As condições para se adquirir fimose incluem repetidos episódios de dermatites, postites, que é uma infecção ou inflamação do prepúcio, balanites, trauma local e persistência de excesso de prepúcio pós circuncisão.
E o tratamento?
A partir dos 3 anos de idade pode-se indicar o uso de corticóides tópicos 2X ao dia por 30 dias acompanhado de estiramento gentil do prepúcio, tratamento que se mostrou benéfico em até 90% dos casos.
Um dos tratamentos cirúrgicos da fimose é a postectomia ou a posteoplastia. Ambas as intervenções são realizadas de forma simples e apresentam poucas chances de complicações.
A cirurgia deve ser feita normalmente, antes da adolescência, porque a fimose pode interferir na qualidade da atividade sexual e, excepcionalmente, pode comprometer a fertilidade, dificultando a saída de sêmen.
Fonte:
Brasil. BVS. Atenção Primaria à Saúde. Qual é o tratamento atual da fimose no lactente? Disponível em: http://aps.bvs.br/aps/qual-e-o-tratamento-atual-da-fimose-no-lactente/. Acesso em: 12/01/2019
Brasil. Ministério da Saúde. Blog da Saúde.http://www.blog.saude.gov.br/index.php?option=com_content&view=articlw&id=35368&catid=564&Itemid=101.Acesso em: 12/01/2019