O cérebro produz constantemente um líquido, que tem a função de proteger o encéfalo, a medula e remover resíduos do metabolismo cerebral, fornecendo ao cérebro hormônios necessários para seu funcionamento adequado.
O que é hidrocefalia?
Hidrocefalia refere-se a ao aumento do líquido no cérebro. Este líquido, chamado liquor ou líquido cefalorraquidiano (LCR), é produzido pelo próprio cérebro, especificamente dentro dos ventrículos ou do espaço subaracnóide.
Este aumento anormal de líquido dilata os ventrículos e comprime o cérebro, provocando uma série de sintomas que devem ser tratados rapidamente para prevenir danos mais sérios. Nos dias atuais, já é possível identificar alteração antes mesmo do nascimento, pelo ultrassom realizado na gravidez.
Qual a causa da hidrocefalia?
A hidrocefalia existe quando há um desequilíbrio entre a produção e a reabsorção desse líquido. O mais comum é pela obstrução da passagem do liquor, seja por prematuridade, cistos, tumores, traumas, infecções ou uma malformação do sistema nervoso como a mielomeningocele.
Já em casos raros, a causa é o aumento da produção do líquido em vez de obstrução.
A criança pode apresentar alguns sintomas, como:
- Dificuldade de alimentação
- Irritabilidade
- Sonolência
- Vômitos
- Convulsões e outros.
Crianças com hidrocefalia congênita podem sofrer danos cerebrais permanentes, tais como:
- Autismo (uma doença que causa problemas de comunicação e interação social);
- Dificuldade de aprendizagem;
- Problemas na fala, memória e visuais.
Existem três tipos principais de hidrocefalia:
Hidrocefalia congênita: está presente no nascimento. Associa-se a problemas congênitos, como a espinha bífida, infecção materna durante a gestação (rubéola, sífilis, citomegalovírus, toxoplasmose, entre outros).
Hidrocefalia adquirida: acontece após o nascimento. Após um trauma na cabeça ou como conseqüência de uma doença subjacente, como acidente vascular cerebral.
Hidrocefalia de pressão normal: É uma doença mais rara e pouco compreendida. Comum em pessoais de mais idade, acima dos 50 anos. Cauda desconhecida, mas, pode ocorrer após um traumatismo craniano, infecção ou AVC.
O tratamento consiste em diminuir a quantidade de líquido no cérebro por meio da drenagem do LCR do ventrículo lateral para outra parte do corpo, geralmente o abdômen.
Uma vez que a derivação esteja implantada, em geral não é necessário outro tipo de tratamento.
FONTE:
http://aps.bvs.br/aps/quais-as-causas-e-sintomas-da-hidrocefalia/
Susana Ely Kliemann1, Sérgio Rosemberg2. HIDROCEFALIA DERIVADA NA INFÂNCIA. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/anp/v63n2b/a24v632b.pdf. Acesso: 27/10/2018.




